sexta-feira, 7 de setembro de 2012

LOGGIA DEI LANZIGGIA-FLORENÇA-ITÁLIA

 FIGURAS HISTÓRICAS E MITOLÓGICAS NA LINDA "LOGGIA"


Como já dissemos, são 13 as estátuas abrigadas sob a Loggia dei Lanzi. Já falamos das três mais renomadas e que não ocupam essa posição por nenhum outro motivo senão o da excelência de sua execução: Perseu e a cabeça da Medusa, de Cellini, e O Rapto das Sabinas e Hércules e o Centauro, de Giambologna.

As outras estátuas que completam o rico acervo da Loggia, são O Rapto de Polixena, de Pio Fedi, Menelau e Patroclo, cujo autor é desconhecido, mas que é uma relíquia romana, os dois leões já mencionados e seis figuras femininas, em mármore branco, que ficam junto à parede do fundo.


Acima detalhe de uma das cinco Sabinas que podemos ver na Loggia. Não se sabe ao certo se é da época de Trajano ou de Adriano. Encontrada em Roma, em 1541 ou 1584, sabe-se com certeza que está em Florença desde 1787 e na Loggia desde 1789.

A estátua Romana de Menelau e Patroclo (foto abaixo) tem uma história polêmica. Alguns historiadores dizem que foi descoberta num vinhedo a menos de um quilômetro de Roma; outros que foi encontrada em meio às ruínas do Fórum de Trajano. (Resumir o episódio da Ilíada que envolve Patroclo, Aquiles e Menelau é um tour de force acima de minhas forças. Por isso o link).

O que se sabe sobre essa obra ao certo é que pouco antes de 1570, Cosimo I de Médici a comprou e obtida a permissão do papa Pio V, a levou para Florença. A primeira menção oficial à estátua está justamente no testamento de Cosimo I, de 1574.






Ela ficou anos numa das pontas da Ponte Vecchio. Depois disso, no decorrer de mais de dois séculos, passou por inúmeras restaurações até ser colocada na Loggia dei Lanzi. Apesar da restauração de um dos braços de Patroclo ser objeto de muitas críticas e do elmo de Menelau não ser em absoluto igual aos desenhos da época em que chegou a Florença, ainda assim é uma das maiores atrações da Loggia por sua origem Romana e por representar um dos mais pungentes episódios da Ilíada de Homero.

O Rapto de Polixena, de 1865, (imagem abaixo) é obra de Pio Fedi. O desespero de Hécuba diante do corpo do filho morto ao ver sua filha Polixena ser raptada a mando de Aquiles, o assassino de seu filho, pode ser sentido nessa estátua magnífica que conta outro episódio do poema de Homero.






Aqui um breve resumo: Polixena é filha de Hécuba e do rei de Tróia; Aquiles mata seu irmão Troilus diante dela; depois, ele se apaixona por ela. Louco de paixão, resolve raptá-la; foi nesse convívio forçado que ela descobriu o único ponto fraco de Aquiles: seu calcanhar é vulnerável e ela conta o segredo a Paris. O resto da história, só em livros sobre mitologia grega ou lendo Homero...

Mas depois me digam se uma visita à Loggia não é o máximo


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