quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Coluna de Alexandre I - (1930/34




Enviado por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa -

São Petersburgo, conhecida como a Veneza do Norte por seus inúmeros canais e mais de 400 pontes, é um projeto urbanístico que inspira respeito e que teve início no reinado de Pedro, o Grande, em 1703. Mas não parou aí: os czares e as czarinas que vieram depois cuidaram de embelezar a cidade dando-lhe todo o esplendor monumental que possui.

O fato é que uma área inóspita foi transformada numa cidade brilhante, onde palácios, igrejas, conventos e mansões de dois andares obedeceram ao desenho de uma sucessão de urbanistas e arquitetos, durante dois séculos.

Por um curto e difícil período do século XX foi chamada de Leningrado e está intimamente ligada aos acontecimentos que mudaram a face da Rússia: o Domingo Sangrento de 1905 e a Revolução de Outubro de 1917. Além, é claro, de abrigar a Estação Finlândia, onde Lenine desembarcou do exílio e aí começa a história de todos muito conhecida.




Praça do Palácio: ao fundo o Palácio de Inverno, hoje sede do Museu Hermitage



Quem gosta de Literatura, Cinema e História certamente já conhece e já se apaixonou, como eu, por São Petersburgo. Infelizmente, é um amor platônico, pois nunca fui à Rússia...

Quem vai lá volta encantado com a grandiosidade dos monumentos numa paisagem aberta para o mar, banhada por uma brisa suave, onde o estuco e o mármore, o granito e o pórfiro, o brilho dos dourados contrastam com o verde dos parques e o incrível azul das águas do Neva. Há quem se emocione ao descrever a cidade...




Vista do Hermitage, o cenário é o arco que honra a vitória sobre Napoleão em 1812



Na história do urbanismo São Petersburgo ocupa o único exemplo de um vasto projeto que tenha se desenvolvido ao longo de séculos sem perder a harmonia, apesar de passar por muitos estilos diferentes.

Um dos casos muito elogiados é justamente a Praça do Palácio onde a disparidade de estilos não entra em choque, nem os prédios dos palácios entre si, nem tampouco com a maravilhosa coluna que homenageia o czar Alexandre I, cujo reinado foi de 1801 a 1825, época das guerras napoleônicas.






Obra realizada entre 1830 e 1834, a coluna, sem o pedestal, mede cerca de 26 metros de altura e 3m50 de diâmetro. Engenharia tão perfeita que ao ser colocada no pedestal, não precisou de nada que a fixasse... Foi só encaixar. É um bloco único de granito vermelho que já inspirou muitos poetas: quando o sol começa a se pôr, e seus raios incidem sobre o vermelho da coluna, a praça ganha uma tonalidade de sonho.

No topo da coluna está a estátua de um anjo segurando a cruz – dizem que o rosto do anjo foi moldado no rosto de Alexandre.





No pedestal as decorações em baixos-relevos foram inspiradas nas glórias dos imperadores romanos, com representações da Sabedoria e da Abundância; da Justiça e do Perdão; da Paz e da Vitória. Na face voltada para o Palácio de Inverno, pode-se ler a seguinte inscrição: Para Alexandre, de uma Rússia agradecida.


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